"voar, Nas asas do pensamento
no ar, Captando sentimento
de amar, Transcrever a simplicidade

de flutuar, vivendo com a verdade"

quarta-feira, 16 de março de 2011

Algumas vezes é preciso esvaziar a memória...



É normal querer manter tudo aquilo que nos faz e fez bem o mais próximo possível, tentar mantê-los sempre vivos na memória, mas nossa memória também possui uma capacidade máxima para que continue a trabalhar bem. Ficar se prendendo a detalhes do passado, por mais alegres que tenham sido pode, de alguma forma, impedir de viver o novo que o presente vem trazendo a cada dia e, aí sim, desconfigura a memória interna e é PANE na certa!
Numa mudança, é comum fazer uma seleção mais radical de tudo aquilo que vale a pena carregar consigo para o novo lar e jogar fora itens não tão necessários... Lógico que alguns destes itens jogados fora, em algum momento trouxeram alegria e ainda guarda uma boa lembrança, mas é necessário deixar pra trás as lembranças velhas que já não fazem sentido hoje e deixar espaço para ser preenchido por novos viveres.
É simples como arrumar uma gaveta cheia. Começando pelos papéis velhos, amasse-os ou rasgue-os e jogue tudo num saco de lixo. Talvez encontre uma carta antiga de alguém que há muito foi especial, cabe a você decidir se mantêm a carta na gaveta ou deixa o espaço livre para outra carta que poderá surgir. Talvez encontre fotos, presentes e outras coisas às quais ainda esteja muito ligada e sejam mais difíceis de deixar pra trás. Acontece. Vá com calma! Não há necessidade de se esvaziar de uma única vez. Na vida teremos muitas faxinas a encarar e, muitas vezes, é abrindo espaço aos poucos e permitindo ao novo entrar que percebemos o tanto de aprendizado que o velho nos concedeu, entretanto, ele não tem o mesmo lugar no presente porque o passado está passado e o presente é um presente.
A vida é feita de seleções. Selecione aquilo que te faz bem e deixe espaço para o novo, deletando de sua memória todas as emoções que, em algum momento, foram boas demais ou ruins demais e não cabem no hoje, por que tais recordações podem te impedir de caminhar. Por isso, abra suas gavetas, faxine com o coração e descarte tudo aquilo que tente frear seus passos!
Toda faxina requer força, requer esforço, requer dedicação e suor. Ande por sua casa, olhe em seus móveis, para quê continuar enfeitando sua estante com aquele anjinho de louça que certa vez caiu no chão e perdeu metade de uma das asinhas?! Ele já não é o mesmo anjo! Faça o mesmo com suas emoções, para quê guardar uma emoção rachada? Meio sentimento remendado?
Se não conseguir agora, embale todos eles numa caixa, amarre-a bem com cordas firmes e guarde no fundo do armário, no porão, no sótão... Qualquer lugar de difícil acesso. Eu farei diferente: Limparei minha casa, esvaziarei todas as estantes, jogo minha caixa lacrada no lixo e vou pra rua comprar novos enfeites!!!


Luilla Brito

segunda-feira, 14 de março de 2011

Ele virá!!!



Ele Virá!
Não precisas mais esperar!
Acorda menina!!! Se arruma depressa!
Um passarinho me contou que ele está pra chegar... Os pássaros não mentem!
Levanta, minha amiga!
Foi cantarolando que ele me disse que tudo que desejas deveras existe. Falou que ele vem trazendo flor, mas, na verdade, o presente será seu amor...
Apronta-te! Ele está por vir!
Atravessando os campos de flores deve estar a imaginar qual delas perfuma a ti.
Seja breve... E de maneira leve, olhe em seus olhos quando nos teus ele olhar e te sorrir, deixe que veja que tu tens no coração a beleza da natureza.
Garotinha, não se demore!
Seu amor virá te buscar pra que aquilo que resta desta dor em seu peito, melhore e evapore.
Sinto um perfume diferente no ar...
...É o amor de dois corações perdidos querendo se encontrar...
Serás bem vindo, menino! Se for responsável com o coração desta doce donzela que já ama, antes mesmo de escolher, àquele que viverá ao lado dela!

Bem que o passarinho me alertou!
Em sua mão, enroladas num laço... Uma porção de flor.
No peito pulsando de emoção... um bocado de amor.
Vai, meu amigo! Carrega pra si essa doce flor, que com sua força te protegerá de toda dor, te afastando do mal usando unicamente seu amor. 

Ah pássaro danado do canto embriagado! Descobre cada sentimento guardado no peito de quem apenas deseja ser amado.

Luilla Brito

(Para minhas amigas lindas: Fernanda, Jemilli e Lívia)

AdverbalMente




Sinceramente, espero lealdade
Honestamente, desespero se saudade
Indubitavelmente, amo sem maldade
Logicamente, desejo mais amizade
Firmemente, busco a verdade
Calmamente, vivo sem ansiedade
Felizmente, melhoro a cada idade
Sutilmente, sigo a claridade
Vagarosamente, aprendo com a irmandade
Especialmente, sinto a liberdade
Conscientemente, pratico caridade
Equilibradamente, sustento a capacidade
Fortemente, venço com responsabilidade
Moderadamente, carrego a tranqüilidade
Constantemente, respeito a realidade
Saudavelmente, sorrindo à vontade.


Luilla Brito

sábado, 12 de março de 2011

Às vezes sinto que falta





Às vezes sinto que falta carne,
Às vezes sinto que falta amor.
Às vezes sinto que falta ar,
Às vezes sinto o perfume da flor.
Às vezes sinto todo o mundo,
Às vezes sinto um vazio profundo.
Às vezes pensar cansa,
Às vezes parece uma dança.
Às vezes me ponho a sonhar,
Às vezes sinto que falta ilusão no ar.
Às vezes sinto que falta sal no mar,
Às vezes sinto que doce mesmo é amar.
Às vezes quero conquistar tudo,
Às vezes quero ser conquistada pelo mundo.
Às vezes sinto que a tristeza me caça,
Às vezes sinto tanta alegria que extravasa.
Às vezes quero que a vida se desfaça,
Às vezes, só às vezes...            


Luilla Brito