Singela Leveza: Entrencontros

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Entrencontros

Entre os desencontros é que me encontro.

Luilla Brito

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Mutirão De Amor

Composição: Sombrinha / Zeca Pagodinho / Jorge Aragão

Cada um de nós deve saber se impor
E até lutar em prol do bem-estar geral
Afastar da mente todo mal pensar
Saber se respeitar
Se unir pra se encontrar
Por isso, vim propor
Um mutirão de amor
Pra que as barreira se desfaçam na poeira
E seja o fim
O fim do mal pela raiz
Nascendo o bem que eu sempre quis
É o que convém pra gente ser feliz
Cantar sempre que for possível
Não ligar para os malvados
Perdoar os pecados
Saber que nem tudo é perdido
Se manter respeitado
Pra poder ser amado

Conselho
Composição: Adilson Bispo / Zé Roberto

Deixe de lado esse baixo astral
Erga a cabeça enfrente o mal
Que agindo assim será vital para o seu coração
É que em cada experiência se aprende uma lição
Eu já sofri por amar assim
Me dediquei mas foi tudo em vão

Pra que se lamentar
Se em sua vida pode encontrar
Quem te ame com toda força e ardor
Assim sucumbirá a dor (tem que lutar)

Tem que lutar
Não se abater
Só se entregar
A quem te merecer
Não estou dando nem vendendo
Como o ditado diz
O meu conselho é pra te ver feliz

Eu sou eu...

Eu me conheço bem
E não sei quem sou
Procuro dentro de mim
Para saber aonde vou
Só sigo um caminho
Se nele houver amor
Meto a mão em espinhos
Tentando buscar a flor
Meu mundo é meu jardim
Onde cada botão depende de mim
Se tenho amigos sem fim
É por que me tornei responsável
Por quem é responsável de mim
No meu corpo matéria e calor
No espírito luz, paz e amor
Quero dividir, multiplicar e evoluir
Procuro aprender, amar e sentir
Sou dança e ação
Sou corpo quieto e reflexão
Quero viver bem
Não importa onde for
Não desejo o ódio a ninguém
E encho meu jardim de flor
Sou feita de música e silêncio
De palavra e sentimento
Posso sorrir com dor
Posso chorar de amor
Sonho acordada
Imaginando minha jornada
Se erro e reconheço
É assim que cresço
Buscando desvendei
O tanto que ainda não sei
Mas respostas há de vir
Sempre que meu tempo permitir
Toda mentira me magôa
Porque só a verdade traz coisa boa
Eu sou eu
E estou me conhecendo
Mas vou com cuidado
Pra não me encontrar me perdendo
Quero mais alegria e menos dor
Quero luz, paz e amor

Luilla Brito

Entretanto

Falando nisso, ainda tem aquilo.
Algumas roupas no armário
Um sorriso no rosto
Pouco do muito que em mim está.

Falando naquilo, ainda tem isso.
Uma agonia no espelho
Um segundo preso no tempo
Alguma vontade perdida no ar.

Falando em nada, ainda tem tudo.
Essa cara limpa
Esse pensamento sujo
Talvez um traço sem rabiscar.

Falando em alma, ainda tem corpo
Um desejo evasivo
Um silêncio morto
A loucura que chega sem anunciar.

Falando em silêncio, ainda tem a palavra
Um grito insistente
Algum termo novo
Letras que te decifram sem você notar.

Porque já não importa
Se sou verso, se sou prosa
Mas se visto a mesma cor que você vai me pintar.

Dalila Lemos

Ouvir Estrelas

Ora ( direis ) ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
E eu vos direi, no entanto
Que, para ouví-las,
muitas vezes desperto
E abro as janelas,
pálido de espanto
E conversamos toda a noite,
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila.
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora:
"Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido tem o que dizem,
quando estão contigo?
"E eu vos direi:
"Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e e de entender estrelas

Olavo Bilac

Singela Leveza

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

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